quinta-feira, 31 de outubro de 2013

DIREITOS DO CONSUMIDOR NA COPA

“Controlar preços de passagem é retrocesso”
Eventos , Paulo Goés (Procon-SP), Walter Ferreira (Embratur), Juliana Pereira (Ministério da Justiça), Oswaldo Napoleão (Prefeitura de São Paulo), Carolina Fontes (Comitê da Copa de São Paulo), Pitágoras Dytz (Ministério dos Esportes) e Marcelo Costa (Ministério do Turismo)
Paulo Goés (Procon-SP), Walter Ferreira (Embratur), Juliana Pereira (Ministério da Justiça), Oswaldo Napoleão (Prefeitura de São Paulo), Carolina Fontes (Comitê da Copa de São Paulo), Pitágoras Dytz (Ministério dos Esportes) e Marcelo Costa (Ministério do Turismo)
Aconteceu hoje na sede da representação do Ministério do Esporte, em São Paulo, a reunião sobre os direitos do consumidor na Copa 2014, encabeçada pelo Ministério da Justiça. Também em âmbito federal, fazem parte do projeto, o Ministério do Turismo, da Saúde, dos Esportes, de Transporte, da Aviação Civil, além de Infraero, Embratur, Anac e Avisa. O mesmo evento acontecerá em todas as 12 cidades-sede da Copa 2014.

A ideia do encontro é preparar ações com ênfase na prevenção de eventuais conflitos de consumo durante o período da Copa 2014 na cidade de São Paulo. Para tanto, participaram ainda da reunião órgãos de defesa do consumidor, como Procon, secretarias de Turismo, da Copa, de Transporte, e de Vigilância Sanitária. Do trade local, associação de hotéis, como Fohb e ABIH, de bares e restaurantes, e de agências de viagens também estiveram presentes. “Queremos que os nossos visitantes estejam protegidos. O turismo envolve várias relações de consumo e temos que estabelecer um diálogo comum entre todos”, explica a secretária nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira.

Os temas da reunião foram: locais de retiradas de ingressos, alimentação e bebidas, transporte urbano e interestadual, elaboração de material educativo, curso de direitos do consumidor aos agentes públicos. Transporte aéreo e hospedagem foram os principais destaques do encontro. “A lei da oferta e da procura é linda, mas passagem aérea por R$ 3 mil na ponte aérea é abuso. Controlar preços éretrocesso, mas bom senso e caldo de galinha não faz mal a ninguém. Na hotelaria, temos hotéis compreços altíssimos e com qualidade horrorosa. Precisamos identificar os problemas”, disse Juliana. “Não toleraremos abusos e, por isso, faremos monitoramento de preços e qualidade de serviços na Copa de 2014. Proteger o consumidor é desenvolvimento”, completou a secretária.

No entanto, de acordo com os representantes da ABIH-SP e Fohb, Bruno Omori e Flávia Matos, respectivamente, a principal preocupação é ocupar os hotéis, uma vez que a cidade de São Paulo tem por característica o turismo corporativo. “Vamos ter muita oferta durante a Copa”, disse Omori, que citou o Hotel Jaraguá, no centro da cidade. “O empreendimento tem procura em maio e em agosto. Ele estará totalmente disponível para a Copa”, explicou.

“Se São Paulo terá excesso de oferta, vamos instalar a competitividade e não utilizar a imagem de extorsão”, rebateu a secretária. “O nosso maior legado é mostrar que a cidade é civilizada e vamos contar com o trade desde o aeroporto, táxi, hotel, restaurantes, bares, para praticar preços honestos e não matar as galinhas dos ovos de ouro”, explicou Oswaldo Napoleão, da Prefeitura de São Paulo.

De acordo com Carolina Fontes, do Comitê da Copa do Estado de São Paulo, a entidade vai lançar, ainda este mês o Guia de Orientação Local (Gol).“O impresso é destinado para quem vai receber o turista”, disse. Outra ideia surgida no encontro é de agregar o Procon-SP, seja em esfera estadual ou municipal, para participar do comitê da Copa em São Paulo. “Nosso foco é integrar as ações para prevenção e a resolução rápida de futuros problemas, estamos dispostos e temos agenda para participar do Comitê”, concluiu Paulo Góes, do Procon-SP.

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